Tópicos de informação sobre altas habilidades/superdotação

 

Antonio Áthyllas Lopes de Oliveira

Psicopedagogo

 

01.  O que significa esse termo altas habilidades/superdotação?

 

Altas habilidades ou superdotação (são sinônimos) trata-se de uma condição, ou seja, de um modo de viver, onde a pessoa se destaca por seu alto desempenho ou alto potencial em uma ou mais dessas áreas: capacidade intelectual geral, aptidão acadêmica específica, pensamento criativo ou produtivo, capacidade de liderança, talento especial para artes, capacidade psicomotora.

E aí temos três pontos muito importantes:

·         Vimos que nessa condição a pessoa se destaca por seu alto desempenho ou potencial. Isso significa que nem sempre o alto desempenho é algo que se vê primeiro, de imediato, mas o alto potencial está ali. Daí a importância de o superdotado ter um ambiente que lhe dê condições, que lhe permita descobrir suas aptidões e capacidades, desenvolver-se.

·          Ser superdotado não significa tirar nota 10 em tudo o tempo todo! Existem áreas de interesse.

Por isso, pode acontecer de o superdotado ter alto desempenho em Português e não ter em Ciências.

·         A pessoa com altas habilidades/o superdotado pode vir a mudar de áreas de interesse/desempenho com o tempo.

 

02.  O que significa a sigla ahsd, muito utilizada na temática das altas habilidades/superdotação?

 

A sigla nasceu das iniciais do termo altas habilidades/superdotação.

 

03.  É possível, por treinamento, tornar qualquer pessoa superdotada?

 

Não. A superdotação é algo com que a pessoa nasce. O meio pode fazer com que suas habilidades apareçam ou sejam ocultadas, que se desenvolvam ou não.

Na verdade, ser superdotado não implica apenas saber algo de forma destacada. É preciso considerar também a parte comportamental (emoções, atitudes), criatividade.

Por isso, há estudos que procuram compreender melhor a superdotação para além do saber fazer algo, mas visando também ao como fazer, a como a pessoa é. Cito os estudiosos Silverman, focando a dimensão emocional, e Renzulli, evidenciando o fator criatividade. 

 04.  A superdotação tem mitos que atrapalham muito seu real e qualitativo conhecimento, dificultando muito a identificação e o atendimento das pessoas dessa condição. Quais são alguns deles?

 

·         Só são superdotadas as pessoas com QI alto (a partir de 130).

·         Uma pessoa com altas habilidades só vive lendo vários livros ou só vive estudando cálculos e ciências, não gostando de fazer outras coisas.

·         As pessoas com altas habilidades são antissociais.

·         As pessoas com altas habilidades só tiram notas muito altas na escola, sempre. E são boas em tudo.

·         Essas pessoas, por sua capacidade, não precisam de ajuda, orientação.

·         O rendimento de um aluno ahsd será sempre bem alto, pois suas capacidades não dependem de motivação, estímulo.

 

05.  Quais as dificuldades que um superdotado pode encontrar na sua vida pessoal, social e escolar?

 

·         Dificuldade na socialização, pela falta de pares de interesse, pelo nível de criticidade, e intensidade emocional.

·         Falta de oportunidades de enriquecimento em aprendizagem.

·         Cobrança excessiva.

·         Perfeccionismo.

·         Dificuldade em se organizar, em colocar ideias no papel.

*Importante! Cada superdotado é único. Essas características não se aplicam a todos os superdotados.

06.  Na superdotação pode acontecer algo chamado assincronia no desenvolvimento. O que isso significa?

Diz respeito à pessoa com altas habilidades não ter “nivelado” o desenvolvimento de uma área de sua vida com outra. A pessoa é “avançada” numa área e há um descompasso com outras áreas de sua vida.

Exemplos:

a)      João Guilherme, 10 anos, tem altas habilidades, “mente” de um adulto e comportamento emocional de uma criança de 03 anos.

b)      Beatriz, 02 anos, tem altas habilidades, já sabe ler, mas ainda não desenvolveu a coordenação para a escrita.

c)      Felipe, 11 anos, tem altas habilidades. Seu pensamento é perspicaz, rápido (!), mas ele tem enorme dificuldade de colocar seu pensamento expresso na fala: o ritmo da fala não acompanha o ritmo do pensamento.

d)      Francisco tem 08 anos, destaca-se no conhecimento em Ciências, faz pesquisas por conta própria, assiste a vídeos na internet, mas seus níveis de leitura (de livros mais tradicionais) e escrita não estão na mesma intensidade.

A assincronia pode trazer à pessoa com altas habilidades uma sensação de angústia, desencontro, exclusão, não compreensão de si.

A assincronia, é importante que se diga, não é “resolvida”, mas deve ser trabalhada. Não se pode ficar num mero contemplar dessa discrepância.

07.  Na superdotação pode acontecer algo chamado sobre-excitabilidade. O que isso significa?

  Significa que o superdotado pode sentir certas coisas com muito mais intensidade, muito mais sensibilidade. Existem diferentes áreas de sobre-excitabilidades:

a)      Sobre-excitabilidade psicomotora.

b)      Sobre-excitabilidade sensorial.

c)      Sobre-excitabilidade imaginativa.

d)      Sobre-excitabilidade intelectual.

e)      Sobre-excitabilidade emocional.

*Importante! Quando não se leva em consideração a possibilidade de sobre-excitabilidade na superdotação, pode acontecer de a criança ahsd ser diagnosticada erroneamente como tendo TDAH; pode acontecer também de a criança ahsd com sobre-excitabilidade sensorial ser levada à hipótese de TEA (Transtorno do Espectro Autista). Por isso a importância de profissionais que conheçam qualitativamente altas habilidades/superdotação. Informação. Informação. Informação.

08.  Quais as características da superdotação?

Tabela 01 – Conteúdo extraído de Lima (2008)

É falante, perguntador, interessado e curioso.

Vocabulário rico e avançado para idade.

É rápido para lembrar e relatar oralmente informações.

Tenta descobrir o como e o porquê das coisas.

Reproduz com detalhes o que lhe é contado ou fato ocorrido.

Frequenta a biblioteca e se interessa por livros.

Demonstra facilidade no relato oral, mas dificuldades no registro.

Entende e gosta de piadas.

Fica motivado com tarefas novas (principalmente de pesquisa).

Não gosta de tarefas de rotina.

No seu ritmo, é persistente na conclusão das tarefas.

É autocrítico, busca perfeição (ex: apaga diversas vezes).

É teimoso e quer que sua ideia prevaleça.

Faz julgamentos, preocupado com certo e errado, bem e mal.

Curioso sobre muitas coisas faz perguntas sobre tudo e todos.

Tem ideias e respostas incomuns, únicas e inteligentes.

É desinibido ao expressar sua opinião.

É disposto e aventureiro. Gosta de correr riscos.

Imaginativo, fantasioso, brinca com ideias.

É sensível a beleza, atento às características estéticas das coisas.

Desorganizado, não se interessa por detalhes.

É individualista, seguro e confiante em si.

É responsável e cumpre seus compromissos.

É autoconfiante diante dos adultos.

É querido por seus colegas.

É cooperativo com os professores e colegas.

Tende a evitar brigas e se envolve para defender colegas.

É flexível e gosta de inovações.

Não gosta de estar só. Está sempre rodeado por amigos.

Tende a liderar quando está com outras crianças.

Gosta de participar de campanhas e atividades sociais. É colaborador.

Seu desempenho nos esportes e atividades físicas merece destaque.

Organiza bem seu trabalho.

É detalhista, minucioso.

Gosta de jogos de estratégia.

Organizado na execução de atividades mais longas ("não se perde").

Estabelece prioridades, sabe o que é mais importante e respeita horários.

Compreende mapas e legendas.

Consegue fazer esquemas e resumos de assuntos estudados.

Gosta de lidar com números.

Faz cálculos mentais com facilidade.

Tem interesse por atividades do tipo adivinhações e enigmas.

Faz experimentos, gosta de misturar substâncias para ver o resultado.

Tem interesse por assuntos científicos e por novas descobertas.

Busca explicação racional para tudo.

Consegue respostas inovadoras em situações problema.

Tem memória extraordinária.

 

Tabela 02 – Conteúdo a partir de Brasil (2002) e Oliveira, Barbosa e Alencar (2015)*, publicações referenciadas pelo psicopedagogo proponente

Aprende rápido, sem necessidade de maior esforço pelo professor.

Gosta muito de realizar atividades de forma independente.

Concentra-se por longos períodos de tempo quando está numa atividade pela qual demonstra especial interesse.

Seus interesses são, frequentemente, tanto amplamente ecléticos como intensamente focalizados.

Frequentemente apresenta uma energia aparentemente interminável.

Prefere a companhia de crianças mais velhas e de adultos.

Faz muitas perguntas, buscando compreender as coisas.

Apresenta alta motivação para aprender, para descobrir ou para explorar, sendo frequentemente muito persistente. “Eu prefiro eu mesmo fazer” é uma atitude comum.

Gosta de aprender coisas novas e de novas formas de fazer as coisas.

Entende com rapidez e intensidade relações entre coisas.

Tem atitude de busca de informação por conta própria (por exemplo, pesquisando determinadas temáticas), sem ser somente por obrigação de tarefa escolar ou para estudo de provas.

Tem elevado senso crítico.

Armazena uma ampla gama de informações, relativas a uma variedade de assuntos, as quais pode acessar e às quais pode recorrer, rapidamente.

Mostra pronta compreensão de princípios implícitos, e pode, frequentemente, fazer generalizações válidas sobre eventos, pessoas e sobre objetos.

Pode rapidamente perceber semelhanças, diferenças e anomalias.

Apresenta a habilidade de perceber relações entre objetos, ideias ou fatos aparentemente não relacionados.

Frequentemente aborda um material complexo, dividindo-o em seus componentes e analisando-os sistematicamente.

Capaz de produzir uma grande quantidade de possibilidades, ou de ideias correlacionadas.

Pensador flexível, capaz de usar muitas alternativas e abordagens diferentes para a solução de um problema.

Pensador original, buscando associações e combinações novas, incomuns ou não convencionais, entre itens de informação.

Gosta de produzir, criar, propor soluções.

Gosta de construir hipóteses ou questões do tipo “como seria se...”.

Apresenta alto nível de curiosidade sobre objetos, ideias, situações ou eventos. 

Mostra prontidão para o exercício intelectual, para fantasiar e para imaginar.

Tem sensibilidade para a beleza e é atraído para as dimensões estéticas de um fenômeno.

Tem reações sensoriais com alta intensidade e frequência, parecendo senti-las “mais” que as outras pessoas, seja pelo tato, pelo olfato, audição, visão (...)*.

Tem hipersensibilidade emocional: frequentemente, vive alegrias, frustrações (...) em muita intensidade, apresentando reações emocionais exacerbadas para as situações, ou chorando se as coisas não saírem como desejam.

Recusa participar de atividades nas quais não se sobressaia.

Tem especial interesse pela Arte/artes (desenho, pintura, dança, artesanato, cinema...), como receptor, crítico, produtor.

Destaca-se em atividades físicas e psicomotoras.

Mostra capacidade de liderança, alta capacidade de bom relacionamento interpessoal (por exemplo, quando brinca, sempre lidera as outras crianças). 

Tem dificuldade de relacionamento interpessoal.

Não gosta de obedecer a ordens, normas.

Sempre quer justificativas para ordens, normas, proibições que lhes são ditas.

Tem dificuldade de se concentrar em algo, em alguma atividade, sempre começando e não terminando, com muitos interesses ao mesmo tempo.

Tem alto grau de energia física, é ativo, agitado,  impulsivo, com dificuldade de se manter parado*.

Materiais de uso pessoal e escolar desorganizados, sujos.

Desinteresse por atividades escolares no livro, caderno, trabalhos escritos.

09.  Características da superdotação podem trazer implicações positivas e negativas?

 Sim, o que evidencia a importância da identificação e de um atendimento adequado.

 Trago algumas características do universo das altas habilidades/superdotação e suas implicações, positivas e negativas. É preciso conhecerqueuma mesmacaracterísticadeahsdpodeviratrazertantoimplicação(ões)positiva(s)quantonegativa(s),oqueevidenciaanecessidadedequeconheçamos melhor a temática das altas habilidades, para que possamos compreender melhor, agir melhor com nossas crianças/adolescente ahsd,pelo seu bem-estar e desenvolvimento, pessoal, acadêmico, social.O quadro a seguir foi construído a partir de outro trazido no livro AltasHabilidades/Superdotação – Rompendo as Barreiras do Anonimato, 2ª edição, pela Fundação Catarinense de Educação Especial, 2016. Referidolivro cita o pesquisador Ali (2001) ao trazer esse quadro. Os trechos entre aspas foram extraídos do livro citado.

 

Característica

Implicação(ões)positiva(s)

Implicação(ões)negativa(s)

 

 

“Habilidade cognitiva avançada”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

         Aprende rápido

 

“Sente-se entediado com as tarefasacadêmicas curriculares. Não gosta detarefas que envolvem reprodução doconhecimento”.

Embora saiba das respostas, faz as atividades/tarefas escolares sem cuidar muito da letra, com desorganização.

Não quer fazer atividades na sala de aula, tarefas escolares.

 

 

“Habilidade para processar informações rapidamente”

“Pensamento independente”

“Tem grande prazer na atividade intelectual. Gosta de realizar tarefas de modos diferentes”.

“Ressente-se da rotina. Parece ser rebelde”.

Querer sempre impor sua maneira de ver, fazer.

Dificuldade em ouvir, discutir de

Maneira saudável.

“Intensa motivação”

Tem alto envolvimento na aprendizagem, mostra-se interessado, persistente.

“Envolve-se em muitas atividades. Ressente-se de ser interrompido”. Pode vir a começar várias coisas e não terminar nenhuma. Procrastinar.

Envolver-se com várias coisas, mas sem momento de foco qualitativos.

 

Criatividade

 

Vislumbra diferentes possibilidades de fazer, interesse por criar.

 

Adotar postura intransigente e querer, em intensidade negativa, danosa no convívio como outro, quebrar normas, nãoadmitirparâmetros.

 

10.  No universo da superdotação existe a condição underchievement. O que isso significa?

 

“Underchievement” se refere a baixo rendimento. No caso da superdotação, é a possibilidade de a pessoa ahsd ter baixo desempenho em suas atividades. Diferentes fatores explicariam essa possibilidade: ansiedade, cobrança excessiva, perfeccionismo, ensino não adaptado para o aluno ahsd, falta de apoio, estímulo...

 

Sugestão de leitura: Artigo científico A condição underachievement em superdotação: definição e características, de Ourofino e Fleith (2011).

 

11.  Como se faz a identificação das altas habilidades/superdotação?

 

·         Por uma avaliação que contemple as dimensões cognitiva/intelectual, de comportamento da pessoa, de seu processo de aprendizagem; de suas aptidões, capacidades.

·         O famoso teste de QI (Quociente Intelectual) não é o único instrumento, dada a compreensão mais ampla e qualitativa sobre a aprendizagem humana.

·         O ideal é que participem desse processo pedagogo/psicopedagogo, psicólogo/neuropsicólogo, escola, familiares, pessoas outras que convivem com o aprendente, o conhecem.

Dessa forma, tem-se a visão mais ampla possível para se conhecer o aprendente e seu processo de aprendizagem. 

·         São meios de avaliação: observação, análise de produtos do aprendente, entrevistas, questionários para se levantar indicativos, avaliação neuropsicólogica (teste de QI aqui)...

·         O processo de identificação pode durar cerca de 1,5 mês ou até meses. Depende da abordagem do(s) profissional(is) envolvido(s).

 

12.  O superdotado faz parte do público atendido pela educação especial?

 

Sim.

 

13.  Qual a legislação que garante direitos ao superdotado?

 

      Lei nº 12796, art. 60 (Lei de nível nacional).

      Lei nº 13234 (Lei de nível nacional).

      Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)/Lei nº. 9.394/96, art. 59, incisos I e II.

      Parecer CNE/CEB 17/2001 e Resolução CNE/CEB nº. 2, de 11 de setembro de 2001, art. 8, inciso IX.

      Parecer CNE/CEB 13 de setembro de 2009 e Resolução nº. 4, de 2 de outubro de 2009.

      Decreto nº. 7611, de 17 de novembro de 2011, art. 1, parágrafo 1º; art. 2, parágrafo primeiro. 

      Normativas dos Conselhos Estaduais de Educação.

 

14.  Como a escola pode atender o aluno superdotado?

 

a)      Com atividades de enriquecimento, na sala de AEE (Atendimento Educacional Especializado).

b)      Por meio de atividades e ações no próprio horário das aulas regulares.

c)      Por meio da aceleração escolar.

 

Todo aluno superdotado precisa de um Plano Educacional Individualizado (PEI), documento que irá nortear seu atendimento pela escola!

 

15.  A melhor coisa para o superdotado é ser logo acelerado em sua série, não é não?

 

Automaticamente não! A aceleração deve levar em conta também a dimensão emocional do aluno! Às vezes, ela pode ser até um mal para o superdotado. Cada caso deve ser analisado com responsabilidade e carinho.

Importante dizer que pode acontecer de o superdotado passar por aceleração de uma ou algumas disciplinas. Isso nos deixa a lição do quanto precisamos dinamizar nosso processo educacional. A educação é um processo rico e dinâmico.

 

16.  Para receber atendimento na escola, é obrigatória a apresentação de laudo indicando que o aluno é superdotado?

 

Não. A Nota Técnica nº 04/MEC/SECADI/DPEE estabelece isso. Esse documento encontra-se disponível no link a seguir: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15898-nott04-secadi-dpee-23012014&category_slug=julho-2014-pdf&Itemid=30192.

 

17.  O que é o Plano Educacional Individualizado (PEI)?

 

·         O que é o Plano Educacional Individualizado (PEI)?

 

É um documento que evidencia e orienta o percurso do atendimento do superdotado na escola.

·         Um PEI traz o quê? Qual a sua extensão?

Um PEI traz informações fundamentais para se atender a criança e o adolescente superdotados: seu perfil, histórico de aprendizagem, aptidões e capacidades; dificuldades, necessidades. Traz ações, atividades a serem desenvolvidas, período/duração de sua vivência, recursos a serem utilizados e profissionais envolvidos. Ao fim, traz a proposta de sua avaliação: O que deu certo? Como foi a vivência? Que dificuldades foram encontradas? Apareceram novas demandas? Que lições ficaram?

Quanto a sua extensão, não é um documento de dezenas de páginas!

·         O PEI só prevê atividades, ações para o contraturno do aprendente?

 

Não! O PEI também pode prever atividades/ações/adaptações em aulas do período regular do aprendente.

 

O PEI prevê ações/atividades/adaptações para a sala de aula no período regular do aprendente e/ou no contraturno

 

·         O PEI precisa ter relação direta com os conteúdos que estão sendo ministrados na sala de aula no período regular do aprendente?

 

Não necessariamente. As ações/atividades a serem propostas pelo PEI irão depender das informações levantadas, das demandas, necessidades identificadas. Se houver o indicativo da necessidade de ações/atividades/adaptações em conteúdos que estão sendo ministrados na sala de aula no período regular do aprendente, que assim se proceda; se houver o indicativo de ações/atividades prioritariamente de cunho suplementar, que assim se proceda. 

 

·         Quem constrói o Plano Educacional Individualizado (PEI)?

 

Professores, profissionais outros que atendem a criança/o adolescente ahsd (psicólogo, neuropediatra, psiquiatra...), pessoas que convivem com o aprendente e que podem contribuir com informações, como parentes (por exemplo, aquele primo preferido para brincar) e professor particular de música; a família e o próprio aprendente.

Todos contribuindo com informações, mas a produção do PEI deve ser coordenada por professor(a) especializado(a) em atendimento educacional especializado, pedagogo(a), psicopedagogo(a). Se não for assim, haverá um amontoado de informações, e panela temperada por muitas mãos, sem organização, vai resultar em comida salgada ou insossa...

 

·         E a duração do PEI?

 

O PEI não é um documento feito uma vez por ano! Deve orientar, acompanhar o processo de aprendizagem da criança/do adolescente paulatinamente. Portanto, pode ter como “prazo de validade” 02 meses, 04 meses, 06 meses... Não se sugere mais que 01 semestre, para não comprometer o olhar zeloso sobre a aprendizagem, olhar para ela qualitativamente.

 

·         Na hora de construir um PEI, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é muito importante!

 

A BNCC traz objetivos de aprendizagem, competências e habilidades na forma de marcos ao longo da educação básica. E isso acaba sendo o quê? Verdadeiras balizas, referenciais para se avaliar como a criança está hoje e para onde vai em sua aprendizagem. A BNCC ajuda o PEI a ter clareza no atendimento do aluno superdotado: Onde estamos? Como estamos? Para onde vamos? Assim, tem-se condições de serem pensadas e efetivadas ações, atividades mais assertivas. Tem-se, assim, um olhar e um planejamento mais organizado, claro, cônscio e qualitativo.

O caráter dinâmico, mas organizado, dos diferentes objetivos de aprendizagem da BNCC nos convida ao não engessamento de possibilidades, dando espaço ao aluno ahsd e sua família no processo de atendimento; e, por ser uma “linguagem da escola”, um documento-base que orienta seu trabalho, tem-se aí um denominador comum para família e escola conversarem.

- A BNCC permite que se faça uma avaliação do nível de aprendizagem do aluno.

- A BNCC permite que se estabeleça balizas, referenciais para o presente e o futuro, num percurso que não se dê a esmo, e que não seja, também, mecânico, engessado. A partir dela, tem-se melhores condições para se pensar que ações efetivamente propor.

A partir da BNCC...

 - Quais os objetivos de aprendizagem, habilidades que a BNCC traz para as etapas de ensino e séries? Como meu filho/meu aluno está em relação a eles?

- A partir desses referenciais trazidos pela BNCC e de como meu filho/meu aluno está, o que precisa desenvolver? Quais as necessidades?

- Como cuidar desse percurso, sem tumultuar com ações sem “rumo”, mas, também, sem tornar mecânico, engessado?

Assim, tem-se uma visão mais consciente e a possibilidade de um atendimento melhor.

Pontos-base nesse processo:

 

1.      Conversação entre a família, aluno ahsd, coordenação e professores: o que o aluno já sabe, do que gosta, suas dificuldades e necessidades, em que nível de aprendizagem se encontra.

2.      Avaliar a relação entre o nível de aprendizagem em que o aluno se encontra e o que fazer na escola para considerar esse nível, valorizá-lo, desenvolvê-lo.

Aliar aspectos da BNCC com propostas da escola e interesses do aluno ahsd

·         Adotar um PEI para o aluno superdotado significa que ele só fará o que quiser na escola?

Não! Isso não seria um atendimento, e sim um malefício extraordinário! O objetivo do PEI é conhecer melhor o aprendente para lhe ajudar melhor a ter bem-estar e desenvolver-se, contando com o rico e importante suporte que a escola, a educação pode ofertar. 

·         Importante! O processo de identificação de altas habilidades/superdotação (ahsd) deve, preferencialmente, considerar diferentes dimensões e aspectos, não se limitando ao teste de QI! Quando isso acontece, a escola já vai participando do universo ahsd desde cedo... E isso pode favorecer a sensibilização, informação, parceria para construir o Plano Educacional Individualizado (PEI).

 18.  Qual o embasamento na normatização da educação para o PEI ser feito?

- Lei 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional)

“Art. 59.  Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação:          (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades (...)”.

- Resolução CNE/CEB Nº2/2001, que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica

Art. 8º As escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na organização de suas classes comuns:

(...)

III – flexibilizações e adaptações curriculares que considerem o significado prático e instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados e processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, em consonância com o projeto pedagógico da escola, respeitada a freqüência obrigatória;

(...)

IX – atividades que favoreçam, ao aluno que apresente altas habilidades/superdotação, o aprofundamento e enriquecimento de aspectos curriculares, mediante desafios suplementares nas classes comuns, em sala de recursos ou em outros espaços definidos pelos sistemas de ensino, inclusive para conclusão, em menor tempo, da série ou etapa escolar, nos termos do Artigo 24, V, “c”, da Lei 9.394/96”.

19.  Poderia dar um modelo de PEI?

 

MODELO DE PLANO EDUCACIONAL INDIVIDUALIZADO (PEI)

Antonio Áthyllas Lopes de Oliveira

Psicopedagogo

athyllas.lopes@hotmail.com

 

Nome do aluno: Antonio Áthyllas Lopes de Oliveira.

Idade: 06 anos. Série:1ª série do Ensino Fundamental. Turno: Tarde.

Data do planejamento: 05/02/2022.    

Período de sua vivência: 10/02/2022 a 10/04/2022 (Um prazo longo demais dificulta o acompanhamento em detalhe dos interesses, capacidades, dificuldades e necessidades de Áthyllas, comprometendo, assim, um atendimento qualitativo às suas necessidades).

Responsáveis pela elaboração: Setor Psicopedagógico da Escola, na pessoa do psicopedagogo Lopes Aprendizagem, Coordenação Pedagógica da escola, professores titular e auxiliar da 1ª série do Ensino Fundamental, psicólogo Dr. Antonio Morais, professora de reforço escolar Mariana Oliveira, pais do aprendente, e o próprio. A produção deste plano é coordenada pelo psicopedagogo Lopes Aprendizagem.

Contextualização do Plano Educacional Individualizado (O perfil do aprendente, breve histórico de seu processo de aprendizagem e a situação-demanda)

Antonio Áthyllas é perspicaz, realiza muito rápido as atividades em sala de aula. Revelou intensa aprendizagem desde cedo, com aquisição da fala em período não esperado pela família. Desde os 03 anos, prefere livros e o uso da internet para pesquisar países em mapas, suas bandeiras, informações e curiosidades relativas; a língua russa compartilha de alto nível de interesse pelo aprendente, chegando a utilizar já 07 cadernos específicos para desenhar letras do alfabeto cirílico e escrever frases. Na educação infantil, gostava de levar novidades às professoras, falando assuntos incomuns para a idade, como sobre países (localização, características, língua, moeda, fatos históricos, curiosidades).

Mostra-se proativo, intenso e independente na busca de aprender e fazer coisas de seu interesse, mas com dificuldades de organização.

No âmbito comportamental-emocional, Áthyllas é uma criança muito afetuosa, mas com dificuldade de brincar com outras crianças de sua idade, na escola e fora dela. Tem tido significativas dificuldades em sua socialização, não interagindo muito com colegas de sala, até mesmo na hora do recreio, preferindo ir para a biblioteca da escola. Revela-se bastante sensível, preferindo ficar em muito só. Ultimamente, tem-se mostrado especialmente frustrado e desmotivado, não querendo realizar atividades em sala de aula e tarefas escolares no livro didático e no caderno. Vem dizendo que não quer ir mais para a escola. 

 

Capacidades, interesses (O que sabe? Do que gosta?)

 

Coisas que ele gosta de fazer, participar, falar

O que ele já sabe/Em que ele se destaca

Aqui, citar coisas de escola e fora da escola

- Evidenciar o que o aprendente já sabe do que é previsto para ele aprender no ano escolar em que está (o que já sabe em Matemática, Ciências...)

- Na sala de aula, termina logo as atividades propostas pelo professor? Se sim, fica ocioso, com repercussão negativa (desmotivação, raiva...)?

 

O aprendente já está alfabetizado, com leitura fluente e consciência da escrita ortográfica. Tem enorme aptidão por pesquisar países em mapas, características suas, como bandeira, língua e moeda. Outro enorme interesse seu é a língua russa, ao que dedica horas assistindo a vídeos e pesquisando sobre, escrevendo espontaneamente palavras e frases. 

- Deve-se indicar se o aprendente prefere a companhia de pessoas mais velhas ou mais novas; se gosta de momentos em família (...), com que parentes se dá melhor, a faixa etária desses parentes e por que se dão bem, especificando-os. Assim, poderemos compreender melhor o que faz bem ao aprendente, permitindo-nos uma propositura mais assertiva de estratégias, ações em seu atendimento educacional.

 

 

 

 

Necessidades (O que aprender e ensinar?)

Dificuldades que têm encontrado nele (na escola e fora da escola)

- A partir do que o aprendente já sabe do que é previsto para ele aprender no ano escolar em que está (o que já sabe em Matemática, Ciências...), que caminho adotar?

-- Compactar conteúdo? Se sim, qual(quais)?

-- Aprofundar/aumentar o nível de dificuldade? Se sim, em que área do conhecimento, em que saberes?

-- Avançar para outro(s) saber(es)? Se sim, para qual(is)?

--- Contar com a BNCC como referencial

-- Precisa de atividades de cunho complementar? Se sim, qual(is)?

-- Precisa de atividades de cunho suplementar? Se sim, qual(is)?

Importante! As dificuldades, necessidades não se referem aqui apenas a conteúdos escolares tradicionais! Esse olhar para além da dimensão dos conteúdos escolares tradicionais será muito contributivo!

O aprendente tem mostrado dificuldades significativas em sua regulação emocional, com traços de hipersensibilidade. Mostra-se desinteressado pela escrita. Mesmo tendo consciência ortográfica, erra com frequência a escrita de palavras. Mostra-se desorganizado, tanto com materiais de uso pessoal quanto escolares. Não tem copiado a agenda da sala de aula, deixando de realizar tarefas e trabalhos, prejudicando-se em notas. Precisa de auxílio para o desenvolvimento de sua socialização. Precisa encontrar na escola um ambiente de acolhimento, desenvolvimento, nos âmbitos pessoal e acadêmico.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), importante referencial para organização da educação nacional, indica, paras as séries iniciais, onde se encontra a 1ª série do Ensino Fundamental, competências em diferentes áreas do conhecimento, com vistas à vivência enriquecedora e significativa da aprendizagem (vide, em especial, a pág. 94 da BNCC). Com esse referencial, temos clareza, damos organização e linearidade ao processo educativo. Sem ele, o processo de aprendizagem poderia em muito ficar “solto”, perdendo potencial de qualidade, e, em dados casos, até mesmo ser danificado.

Analisando a BNCC e sabendo-se o que o aprendente já demonstra ter dominado, eis as necessidades mais imediatas:

- Uso da variedade-padrão;

- Produção textual, com reconhecimento do público-alvo;

- Diversificação de meios de realização de atividades, não se restringindo ao caderno nem ao livro didático;

- Favorecimento da socialização.

- Valorização da prática de pesquisa, ao que se associa o senso e a prática de organização, necessidade do aprendente.

 

 

Importante!!!

 

Não adianta trazer aqui todas as competências, objetivos de aprendizagem que são esperados para a criança ao longo de todo o Ensino Fundamental! Só tumultuaria, tornaria difuso, muito pesado, cansativo, danoso e inalcançável o percurso de atendimento à criança superdotada.

Vamos por etapa! Lembremo-nos de que o PEI deve ser (re)feito continuamente, ao longo do processo de aprendizagem. Assim, poderemos ir acompanhando aptidões, capacidades, dificuldades, necessidades ao longo do tempo. Essa criança pode vir a mudar de aptidões, novas capacidades podem ser verificadas, necessidades podem surgir... Conhecendo melhor, poderemos ajudar melhor essa criança.

 

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Para essa parte, convém trazer Fleith (2007, p. 78):

 

“Com relação àsatividades de enriquecimento, por exemplo, devemosevitar a sobreposição de conteúdos que serão ensinados em séries posteriores, caso contrário, estaremosapenas adiando o problema do desinteresse e da faltade motivação destes alunos. Não podemos, também,sobrecarregar a criança apenas com um grande volume

de tarefas, pois assim ela estaria sendo penalizada porsuas altas habilidades”

 

- Quem vai nos ajudar a lembrar disso, a ficar devidamente atentos a isso? O PEI!

 

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Metas, prazos, recursos/estratégias, profissionais envolvidos

 

Metas

Em ordem de prioridade

Prazos e duração de horário

Estratégias

Recursos utilizados

Profissionais envolvidos

Reconhecer e valorizar aptidões do aprendente, relacionando com a escrita (escrever e de forma ortográfica), ajudando-o a trabalhar a organização,  com vistas ao desenvolvimento da expressividade e à sua socialização.

20/02/2022 a 20/03/2022, no contraturno, 03 vezes por semana, por 01 hora, na escola. A culminância da exposição será dia 23/03/2022, no horário regular da escola, para contar com a presença do público-alvo.

Propor a Áthyllas que prepare, com auxílio docente, uma exposição a outros alunos (socialização) sobre países, ele como um guia turístico, mostrando bandeiras de países, indicando-os em mapa, e falando sobre os mesmos (expressividade). O aprendente deverá usar um crachá com seu nome, feito por ele. Com a professora, produzirá um roteiro explicativo e um folder para essa visita guiada (pesquisa, produção textual e criatividade). A exposição poderá ser na biblioteca da escola (espaço multitemático e multipúblico), tendo como público-alvo alunos de sua sala e do 4º ano. 

- Internet, folhas A4/caderno (para a etapa de pesquisa e planejamento), folhas A4 para impressão dos folders, mapa-múndi, expositores para as imagens relativas aos países, como bandeiras, crachá, tecidos, jarros de plantas e outros adereços para ambientação.

Professora titular, psicopedagogo e responsável pela biblioteca da escola.

 

Fazer da aptidão pela língua russa ponto de partida para a escrita em português e para a socialização

 

20/02/2022 a 10/03/2022, para organização, planejamento e produção dos cartões. Dia 10/03 haver o piquenique.

 

Propor a Áthyllas que convide a turma para um piquenique cultural, preparado com auxílio docente: cada aluno levará um item, e, junto a cada um, haverá uma plaquinha com o nome do alimento em russo e em português. Tem-se a valorização da aptidão do aprendente, prática de escrita e organização, e socialização.

 

- Folhas A4 para impressão dos cartões, toalha para piquenique, guardanapos, copos descartáveis.

 

Professora titular, psicopedagogo e família do aprendente.

 

Resultados obtidos. Avaliação do PEI (O que deu certo? Como foi a vivência? Que dificuldades foram encontradas? Apareceram novas demandas? Que lições ficaram?).

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20.  E as etapas para se construir um PEI?

 

O psicopedagogo Antonio Áthyllas Lopes de Oliveira tem material sobre.

 

 

 

 

21.  Poderia dar um exemplo de atividade a ser realizada com uma criança ahsd?

 

O psicopedagogo Antonio Áthyllas Lopes de Oliveira tem material sobre.

 

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Referências (materiais utilizados pelo autor na produção deste informativo)

 

ALENCAR, Eunice M L Soriano de. Características sócio-emocionais do superdotado: Questões atuais. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 12, n. 2, p. 371-378, maio/ago. 2007. Disponível em https://doi.org/10.1590/S1413-73722007000200018. Acesso em 12 de outubro de 2021.

ANTIPOFF, Cecília Andrade; CAMPOS, Regina Helena de Freitas. Superdotação e seus mitos. Disponível em https://www.scielo.br/j/pee/a/cFcPTS7QRGqk9mKZsW5tWVz/?format=pdf&lang=pt. Acesso em 12 de outubro de 2021.

BRASIL, Ministério da Educação. Projeto Escola Viva – Garantindo o acesso e a permanência de todos os alunos na escola – Alunos com necessidades educacionais especiais – Identificando e atendendo as necessidades educacionais especiais de dos alunos com altas habilidades/superdotação. Brasília, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Especial, 2002.

FLEITH, Denise de Souza (org.). A construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação, Vol. 1: Orientação a professores. Ministério da Educação, Brasil, 2007.

LIMA, Denise Maria de Matos Pereira. A identificação e inclusão do aluno com altas habilidades/superdotação na rede pública do estado do Paraná: orientação para professores. Disponível em http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1075-2.pdf. Acesso em 21 de setembro de 2022.

NEUMANN, Patricia. A sobre-excitabilidade e a educação nas altas habilidades ou superdotação. Revista Cocar. V.17 N.35/2022 p.1-20. Disponível em https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/article/view/5326. Acesso em 21 de setembro de 2022.

OLIVEIRA, Juliana Célia de; BARBOSA, Altemir José Gonçalves; ALENCAR, Eunice M. L Soriano de. et al. Contribuições da Teoria da Desintegração Positiva para a Área de Superdotação. Disponível em https://www.scielo.br/pdf/ptp/v33/1806-3446-ptp-33-e3332.pdf. Acesso em 21 de julho de 2020.

OUROFINO, Vanessa Terezinha Alves Tentes; FLEITH, Denise Souza. A condição underachievement em superdotação: definição e características. Psicologia: Teoria e Prática, 2011, 13(3), 206-222. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ptp/v13n3/v13n3a16.pdf. Acesso em 07 de outubro de 2021.

SANTA CATARINA, Fundação Catarinense de Educação Especial. Altas habilidades/superdotação: rompendo as barreiras do anonimato. 2. ed. Florianópolis: DIOESC, 2016.

VIRGOLIM, Angela. Altas habilidades/superdotação: Encorajando potenciais. Brasília: Ministério da Educação/Secretaria da Educação Especial, 2007. Disponível em http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/altashab1.pdf. Acesso em 21 de junho de 2020.

 

Muito obrigado!

 

 


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