Antonio
Áthyllas Lopes de Oliveira
Psicopedagogo
01. O
que significa esse termo altas habilidades/superdotação?
Altas
habilidades ou superdotação (são sinônimos) trata-se de uma condição, ou seja,
de um modo de viver, onde a pessoa se destaca por seu alto desempenho ou alto
potencial em uma ou mais dessas áreas: capacidade intelectual geral, aptidão
acadêmica específica, pensamento criativo ou produtivo, capacidade de
liderança, talento especial para artes, capacidade psicomotora.
E aí temos três pontos
muito importantes:
·
Vimos que nessa condição a pessoa se
destaca por seu alto desempenho ou potencial. Isso significa que nem sempre
o alto desempenho é algo que se vê primeiro, de imediato, mas o alto potencial
está ali. Daí a importância de o superdotado ter um ambiente que lhe dê
condições, que lhe permita descobrir suas aptidões e capacidades,
desenvolver-se.
·
Ser
superdotado não significa tirar nota 10 em tudo o tempo todo! Existem áreas de
interesse.
Por isso, pode acontecer de o superdotado
ter alto desempenho em Português e não ter em Ciências.
·
A pessoa com altas habilidades/o
superdotado pode vir a mudar de áreas de interesse/desempenho com o tempo.
02.
O que significa a sigla ahsd,
muito utilizada na temática das altas habilidades/superdotação?
A sigla nasceu das iniciais do termo altas
habilidades/superdotação.
03. É
possível, por treinamento, tornar qualquer pessoa superdotada?
Não.
A superdotação é algo com que a pessoa nasce. O meio pode fazer com que suas
habilidades apareçam ou sejam ocultadas, que se desenvolvam ou não.
Na
verdade, ser superdotado não implica apenas saber algo de forma destacada. É
preciso considerar também a parte comportamental (emoções, atitudes),
criatividade.
Por
isso, há estudos que procuram compreender melhor a superdotação para além do
saber fazer algo, mas visando também ao como fazer, a como a
pessoa é. Cito os estudiosos Silverman, focando a dimensão emocional, e
Renzulli, evidenciando o fator criatividade.
·
Só são superdotadas as pessoas com QI alto
(a partir de 130).
·
Uma pessoa com altas habilidades só vive
lendo vários livros ou só vive estudando cálculos e ciências, não gostando de
fazer outras coisas.
·
As pessoas com altas habilidades são
antissociais.
·
As pessoas com altas habilidades só tiram
notas muito altas na escola, sempre. E são boas em tudo.
·
Essas pessoas, por sua capacidade, não
precisam de ajuda, orientação.
·
O rendimento de um aluno ahsd será sempre
bem alto, pois suas capacidades não dependem de motivação, estímulo.
05. Quais
as dificuldades que um superdotado pode encontrar na sua vida pessoal, social e
escolar?
·
Dificuldade na socialização, pela falta de
pares de interesse, pelo nível de criticidade, e intensidade emocional.
·
Falta de oportunidades de enriquecimento
em aprendizagem.
·
Cobrança excessiva.
·
Perfeccionismo.
·
Dificuldade em se organizar, em colocar
ideias no papel.
*Importante!
Cada superdotado é único. Essas características não se aplicam a todos os
superdotados.
06.
Na superdotação pode acontecer algo
chamado assincronia no desenvolvimento. O que isso significa?
Diz respeito à pessoa com
altas habilidades não ter “nivelado” o desenvolvimento de uma área de sua vida
com outra. A pessoa é “avançada” numa área e há um descompasso com outras áreas
de sua vida.
Exemplos:
a)
João Guilherme, 10 anos, tem altas
habilidades, “mente” de um adulto e comportamento emocional de uma criança de
03 anos.
b)
Beatriz, 02 anos, tem altas habilidades,
já sabe ler, mas ainda não desenvolveu a coordenação para a escrita.
c)
Felipe, 11 anos, tem altas habilidades.
Seu pensamento é perspicaz, rápido (!), mas ele tem enorme dificuldade de
colocar seu pensamento expresso na fala: o ritmo da fala não acompanha o ritmo
do pensamento.
d)
Francisco tem 08 anos, destaca-se no
conhecimento em Ciências, faz pesquisas por conta própria, assiste a vídeos na
internet, mas seus níveis de leitura (de livros mais tradicionais) e escrita
não estão na mesma intensidade.
A
assincronia pode trazer à pessoa com altas habilidades uma sensação de
angústia, desencontro, exclusão, não compreensão de si.
A
assincronia, é importante que se diga, não é “resolvida”, mas deve ser
trabalhada. Não se pode ficar num mero contemplar dessa discrepância.
07.
Na superdotação pode acontecer algo
chamado sobre-excitabilidade. O que isso significa?
Significa que o superdotado pode sentir
certas coisas com muito mais intensidade, muito mais sensibilidade. Existem
diferentes áreas de sobre-excitabilidades:
a) Sobre-excitabilidade
psicomotora.
b) Sobre-excitabilidade
sensorial.
c) Sobre-excitabilidade
imaginativa.
d) Sobre-excitabilidade
intelectual.
e) Sobre-excitabilidade
emocional.
*Importante!
Quando não se leva em consideração a possibilidade de sobre-excitabilidade na
superdotação, pode acontecer de a criança ahsd ser diagnosticada erroneamente
como tendo TDAH; pode acontecer também de a criança ahsd com
sobre-excitabilidade sensorial ser levada à hipótese de TEA (Transtorno do
Espectro Autista). Por isso a importância de profissionais que conheçam
qualitativamente altas habilidades/superdotação. Informação. Informação.
Informação.
08.
Quais as características da
superdotação?
Tabela
01 – Conteúdo extraído de Lima (2008)
É
falante, perguntador, interessado e curioso. |
Vocabulário
rico e avançado para idade. |
É
rápido para lembrar e relatar oralmente informações. |
Tenta
descobrir o como e o porquê das coisas. |
Reproduz
com detalhes o que lhe é contado ou fato ocorrido. |
Frequenta
a biblioteca e se interessa por livros. |
Demonstra
facilidade no relato oral, mas dificuldades no registro. |
Entende
e gosta de piadas. |
Fica
motivado com tarefas novas (principalmente de pesquisa). |
Não
gosta de tarefas de rotina. |
No
seu ritmo, é persistente na conclusão das tarefas. |
É
autocrítico, busca perfeição (ex: apaga diversas vezes). |
É
teimoso e quer que sua ideia prevaleça. |
Faz
julgamentos, preocupado com certo e errado, bem e mal. |
Curioso
sobre muitas coisas faz perguntas sobre tudo e todos. |
Tem
ideias e respostas incomuns, únicas e inteligentes. |
É
desinibido ao expressar sua opinião. |
É
disposto e aventureiro. Gosta de correr riscos. |
Imaginativo,
fantasioso, brinca com ideias. |
É
sensível a beleza, atento às características estéticas das coisas. |
Desorganizado,
não se interessa por detalhes. |
É
individualista, seguro e confiante em si. |
É
responsável e cumpre seus compromissos. |
É
autoconfiante diante dos adultos. |
É
querido por seus colegas. |
É
cooperativo com os professores e colegas. |
Tende
a evitar brigas e se envolve para defender colegas. |
É
flexível e gosta de inovações. |
Não
gosta de estar só. Está sempre rodeado por amigos. |
Tende
a liderar quando está com outras crianças. |
Gosta
de participar de campanhas e atividades sociais. É colaborador. |
Seu
desempenho nos esportes e atividades físicas merece destaque. |
Organiza
bem seu trabalho. |
É
detalhista, minucioso. |
Gosta
de jogos de estratégia. |
Organizado
na execução de atividades mais longas ("não se perde"). |
Estabelece
prioridades, sabe o que é mais importante e respeita horários. |
Compreende
mapas e legendas. |
Consegue
fazer esquemas e resumos de assuntos estudados. |
Gosta
de lidar com números. |
Faz
cálculos mentais com facilidade. |
Tem
interesse por atividades do tipo adivinhações e enigmas. |
Faz
experimentos, gosta de misturar substâncias para ver o resultado. |
Tem
interesse por assuntos científicos e por novas descobertas. |
Busca
explicação racional para tudo. |
Consegue
respostas inovadoras em situações problema. |
Tem
memória extraordinária. |
Tabela
02 – Conteúdo a partir de Brasil (2002) e Oliveira, Barbosa e Alencar (2015)*, publicações
referenciadas pelo psicopedagogo proponente
Aprende
rápido, sem necessidade de maior esforço pelo professor. |
Gosta
muito de realizar atividades de forma independente. |
Concentra-se
por longos períodos de tempo quando está numa atividade pela qual demonstra
especial interesse. |
Seus
interesses são, frequentemente, tanto amplamente ecléticos como intensamente
focalizados. |
Frequentemente
apresenta uma energia aparentemente interminável. |
Prefere
a companhia de crianças mais velhas e de adultos. |
Faz
muitas perguntas, buscando compreender as coisas. |
Apresenta
alta motivação para aprender, para descobrir ou para explorar, sendo
frequentemente muito persistente. “Eu prefiro eu mesmo fazer” é uma atitude
comum. |
Gosta
de aprender coisas novas e de novas formas de fazer as coisas. |
Entende
com rapidez e intensidade relações entre coisas. |
Tem
atitude de busca de informação por conta própria (por exemplo, pesquisando
determinadas temáticas), sem ser somente por obrigação de tarefa escolar ou
para estudo de provas. |
Tem
elevado senso crítico. |
Armazena
uma ampla gama de informações, relativas a uma variedade de assuntos, as
quais pode acessar e às quais pode recorrer, rapidamente. |
Mostra
pronta compreensão de princípios implícitos, e pode, frequentemente, fazer
generalizações válidas sobre eventos, pessoas e sobre objetos. |
Pode
rapidamente perceber semelhanças, diferenças e anomalias. |
Apresenta
a habilidade de perceber relações entre objetos, ideias ou fatos
aparentemente não relacionados. |
Frequentemente
aborda um material complexo, dividindo-o em seus componentes e analisando-os
sistematicamente. |
Capaz
de produzir uma grande quantidade de possibilidades, ou de ideias
correlacionadas. |
Pensador
flexível, capaz de usar muitas alternativas e abordagens diferentes para a
solução de um problema. |
Pensador
original, buscando associações e combinações novas, incomuns ou não
convencionais, entre itens de informação. |
Gosta
de produzir, criar, propor soluções. |
Gosta
de construir hipóteses ou questões do tipo “como seria se...”. |
Apresenta
alto nível de curiosidade sobre objetos, ideias, situações ou eventos. |
Mostra
prontidão para o exercício intelectual, para fantasiar e para imaginar. |
Tem
sensibilidade para a beleza e é atraído para as dimensões estéticas de um fenômeno. |
Tem
reações sensoriais com alta intensidade e frequência, parecendo senti-las
“mais” que as outras pessoas, seja pelo tato, pelo olfato, audição, visão
(...)*. |
Tem
hipersensibilidade emocional: frequentemente, vive alegrias, frustrações
(...) em muita intensidade, apresentando reações emocionais exacerbadas para
as situações, ou chorando se as coisas não saírem como desejam. |
Recusa
participar de atividades nas quais não se sobressaia. |
Tem
especial interesse pela Arte/artes (desenho, pintura, dança, artesanato,
cinema...), como receptor, crítico, produtor. |
Destaca-se
em atividades físicas e psicomotoras. |
Mostra
capacidade de liderança, alta capacidade de bom relacionamento interpessoal
(por exemplo, quando brinca, sempre lidera as outras crianças). |
Tem
dificuldade de relacionamento interpessoal. |
Não
gosta de obedecer a ordens, normas. |
Sempre
quer justificativas para ordens, normas, proibições que lhes são ditas. |
Tem
dificuldade de se concentrar em algo, em alguma atividade, sempre começando e
não terminando, com muitos interesses ao mesmo tempo. |
Tem
alto grau de energia física, é ativo, agitado, impulsivo, com dificuldade de se manter
parado*. |
Materiais
de uso pessoal e escolar desorganizados, sujos. |
Desinteresse
por atividades escolares no livro, caderno, trabalhos escritos. |
09.
Características da superdotação podem
trazer implicações positivas e negativas?
Característica |
Implicação(ões)positiva(s) |
Implicação(ões)negativa(s) |
“Habilidade cognitiva avançada” |
Aprende rápido |
“Sente-se entediado com as tarefasacadêmicas
curriculares. Não gosta detarefas que envolvem reprodução doconhecimento”. Embora saiba das respostas, faz as
atividades/tarefas escolares sem cuidar muito da letra, com desorganização. Não quer fazer atividades na sala de aula, tarefas
escolares. |
“Habilidade para processar informações rapidamente” |
||
“Pensamento independente” |
“Tem grande prazer
na atividade intelectual. Gosta de realizar tarefas de modos diferentes”. |
“Ressente-se da rotina. Parece ser rebelde”. Querer sempre impor sua maneira de ver, fazer. Dificuldade em ouvir, discutir
de Maneira saudável. |
“Intensa motivação” |
Tem alto envolvimento na aprendizagem, mostra-se interessado,
persistente. |
“Envolve-se em muitas atividades. Ressente-se de
ser interrompido”. Pode vir a começar várias coisas e não terminar nenhuma. Procrastinar. Envolver-se com várias coisas, mas sem momento de
foco qualitativos. |
Criatividade |
Vislumbra diferentes possibilidades
de fazer, interesse por criar. |
Adotar postura intransigente e querer, em intensidade negativa,
danosa no convívio como outro, quebrar normas, nãoadmitirparâmetros. |
10.
No universo da superdotação
existe a condição underchievement. O que isso significa?
“Underchievement” se refere a baixo rendimento. No caso da
superdotação, é a possibilidade de a pessoa ahsd ter baixo desempenho em suas
atividades. Diferentes fatores explicariam essa possibilidade: ansiedade,
cobrança excessiva, perfeccionismo, ensino não adaptado para o aluno ahsd,
falta de apoio, estímulo...
Sugestão de leitura: Artigo
científico A condição underachievement em superdotação: definição e
características, de Ourofino e Fleith (2011).
11.
Como
se faz a identificação das altas habilidades/superdotação?
·
Por uma avaliação que contemple as
dimensões cognitiva/intelectual, de comportamento da pessoa, de seu processo de
aprendizagem; de suas aptidões, capacidades.
·
O famoso teste de QI (Quociente
Intelectual) não é o único instrumento, dada a compreensão mais ampla e
qualitativa sobre a aprendizagem humana.
·
O ideal é que participem desse
processo pedagogo/psicopedagogo, psicólogo/neuropsicólogo, escola, familiares,
pessoas outras que convivem com o aprendente, o conhecem.
Dessa forma, tem-se a visão mais ampla possível para se
conhecer o aprendente e seu processo de aprendizagem.
·
São meios de avaliação:
observação, análise de produtos do aprendente, entrevistas, questionários para
se levantar indicativos, avaliação neuropsicólogica (teste de QI aqui)...
·
O processo de identificação pode
durar cerca de 1,5 mês ou até meses. Depende da abordagem do(s)
profissional(is) envolvido(s).
12.
O superdotado faz parte do
público atendido pela educação especial?
Sim.
13.
Qual a legislação que
garante direitos ao superdotado?
•
Lei nº
12796, art. 60 (Lei de nível nacional).
•
Lei nº
13234 (Lei de nível nacional).
•
Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)/Lei nº. 9.394/96, art. 59,
incisos I e II.
•
Parecer
CNE/CEB 17/2001 e Resolução CNE/CEB nº. 2, de 11 de setembro de 2001, art. 8,
inciso IX.
•
Parecer
CNE/CEB 13 de setembro de 2009 e Resolução nº. 4, de 2 de outubro de 2009.
•
Decreto
nº. 7611, de 17 de novembro de 2011, art. 1, parágrafo 1º; art. 2, parágrafo
primeiro.
•
Normativas
dos Conselhos Estaduais de Educação.
14.
Como a escola pode atender
o aluno superdotado?
a)
Com atividades de enriquecimento,
na sala de AEE (Atendimento Educacional Especializado).
b)
Por meio de atividades e ações no
próprio horário das aulas regulares.
c)
Por meio da aceleração escolar.
Todo aluno superdotado precisa de um Plano Educacional
Individualizado (PEI), documento que irá nortear seu atendimento pela escola!
15.
A melhor coisa para o
superdotado é ser logo acelerado em sua série, não é não?
Automaticamente não! A aceleração deve levar em conta
também a dimensão emocional do aluno! Às vezes, ela pode ser até um mal para o
superdotado. Cada caso deve ser analisado com responsabilidade e carinho.
Importante dizer que pode acontecer de o superdotado passar
por aceleração de uma ou algumas disciplinas. Isso nos deixa a lição do quanto
precisamos dinamizar nosso processo educacional. A educação é um processo rico
e dinâmico.
16.
Para receber atendimento na
escola, é obrigatória a apresentação de laudo indicando que o aluno é
superdotado?
Não. A Nota Técnica nº 04/MEC/SECADI/DPEE estabelece isso. Esse
documento encontra-se disponível no link a seguir: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15898-nott04-secadi-dpee-23012014&category_slug=julho-2014-pdf&Itemid=30192.
17.
O que é o Plano Educacional
Individualizado (PEI)?
·
O que é o Plano Educacional
Individualizado (PEI)?
É
um documento que evidencia e orienta o percurso do atendimento do superdotado
na escola.
·
Um PEI traz o quê? Qual a sua
extensão?
Um
PEI traz informações fundamentais para se atender a criança e o adolescente superdotados:
seu perfil, histórico de aprendizagem, aptidões e capacidades; dificuldades, necessidades.
Traz ações, atividades a serem desenvolvidas, período/duração de sua vivência,
recursos a serem utilizados e profissionais envolvidos. Ao fim, traz a proposta
de sua avaliação: O que deu certo? Como foi a vivência? Que dificuldades foram encontradas?
Apareceram novas demandas? Que lições ficaram?
Quanto
a sua extensão, não é um documento de dezenas de páginas!
·
O PEI só prevê atividades, ações para
o contraturno do aprendente?
Não! O PEI também pode prever
atividades/ações/adaptações em aulas do período regular do aprendente.
O PEI prevê
ações/atividades/adaptações para a sala de aula no período regular do
aprendente e/ou no contraturno
·
O PEI precisa ter relação direta com
os conteúdos que estão sendo ministrados na sala de aula no período regular do
aprendente?
Não necessariamente. As ações/atividades a
serem propostas pelo PEI irão depender das informações levantadas, das
demandas, necessidades identificadas. Se houver o indicativo da necessidade de
ações/atividades/adaptações em conteúdos que estão sendo ministrados na sala de
aula no período regular do aprendente, que assim se proceda; se houver o
indicativo de ações/atividades prioritariamente de cunho suplementar, que assim
se proceda.
·
Quem constrói o Plano Educacional
Individualizado (PEI)?
Professores, profissionais outros que
atendem a criança/o adolescente ahsd (psicólogo, neuropediatra, psiquiatra...),
pessoas que convivem com o aprendente e que podem contribuir com informações,
como parentes (por exemplo, aquele primo preferido para brincar) e professor
particular de música; a família e o próprio aprendente.
Todos contribuindo com informações, mas a
produção do PEI deve ser coordenada por professor(a) especializado(a) em
atendimento educacional especializado, pedagogo(a), psicopedagogo(a). Se não
for assim, haverá um amontoado de informações, e panela temperada por muitas
mãos, sem organização, vai resultar em comida salgada ou insossa...
·
E a duração do PEI?
O PEI não é um documento feito uma vez por
ano! Deve orientar, acompanhar o processo de aprendizagem da criança/do
adolescente paulatinamente. Portanto, pode ter como “prazo de validade” 02
meses, 04 meses, 06 meses... Não se sugere mais que 01 semestre, para não
comprometer o olhar zeloso sobre a aprendizagem, olhar para ela
qualitativamente.
·
Na hora de construir um PEI, a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) é muito importante!
A BNCC traz objetivos de aprendizagem,
competências e habilidades na forma de marcos ao longo da educação básica. E
isso acaba sendo o quê? Verdadeiras balizas, referenciais para se avaliar como
a criança está hoje e para onde vai em sua aprendizagem. A BNCC ajuda o PEI a
ter clareza no atendimento do aluno superdotado: Onde estamos? Como estamos?
Para onde vamos? Assim, tem-se condições de serem pensadas e efetivadas
ações, atividades mais assertivas. Tem-se, assim, um olhar e um planejamento
mais organizado, claro, cônscio e qualitativo.
O caráter dinâmico, mas organizado, dos
diferentes objetivos de aprendizagem da BNCC nos convida ao não engessamento de
possibilidades, dando espaço ao aluno ahsd e sua família no processo de
atendimento; e, por ser uma “linguagem da escola”, um documento-base que
orienta seu trabalho, tem-se aí um denominador comum para família e escola
conversarem.
- A BNCC permite que se faça uma avaliação
do nível de aprendizagem do aluno.
- A BNCC permite que se estabeleça
balizas, referenciais para o presente e o futuro, num percurso que não se dê a
esmo, e que não seja, também, mecânico, engessado. A partir dela, tem-se
melhores condições para se pensar que ações efetivamente propor.
A partir da BNCC...
- A partir desses referenciais trazidos
pela BNCC e de como meu filho/meu aluno está, o que precisa desenvolver? Quais
as necessidades?
- Como cuidar desse percurso, sem
tumultuar com ações sem “rumo”, mas, também, sem tornar mecânico, engessado?
Assim, tem-se uma visão mais consciente e
a possibilidade de um atendimento melhor.
Pontos-base nesse processo:
1. Conversação
entre a família, aluno ahsd, coordenação e professores: o que o aluno já sabe,
do que gosta, suas dificuldades e necessidades, em que nível de aprendizagem se
encontra.
2. Avaliar
a relação entre o nível de aprendizagem em que o aluno se encontra e o que
fazer na escola para considerar esse nível, valorizá-lo, desenvolvê-lo.
Aliar
aspectos da BNCC com propostas da escola e interesses do aluno ahsd
·
Adotar um PEI para o aluno
superdotado significa que ele só fará o que quiser na escola?
Não!
Isso não seria um atendimento, e sim um malefício extraordinário! O objetivo do
PEI é conhecer melhor o aprendente para lhe ajudar melhor a ter bem-estar e
desenvolver-se, contando com o rico e importante suporte que a escola, a
educação pode ofertar.
·
Importante! O processo de identificação de
altas habilidades/superdotação (ahsd) deve, preferencialmente, considerar
diferentes dimensões e aspectos, não se limitando ao teste de QI! Quando isso
acontece, a escola já vai participando do universo ahsd desde cedo... E isso
pode favorecer a sensibilização, informação, parceria para construir o Plano
Educacional Individualizado (PEI).
- Lei 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional)
“Art.
59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação: (Redação
dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e
organização específicos, para atender às suas necessidades (...)”.
- Resolução
CNE/CEB Nº2/2001, que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial
na Educação Básica
“Art.
8º As escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na organização de
suas classes comuns:
(...)
III – flexibilizações e
adaptações curriculares que considerem o significado prático e instrumental dos
conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados e
processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos que apresentam
necessidades educacionais especiais, em consonância com o projeto pedagógico da
escola, respeitada a freqüência obrigatória;
(...)
IX – atividades que
favoreçam, ao aluno que apresente altas habilidades/superdotação, o
aprofundamento e enriquecimento de aspectos curriculares, mediante desafios
suplementares nas classes comuns, em sala de recursos ou em outros espaços
definidos pelos sistemas de ensino, inclusive para conclusão, em menor tempo,
da série ou etapa escolar, nos termos do Artigo 24, V, “c”, da Lei 9.394/96”.
19.
Poderia dar um modelo de
PEI?
MODELO
DE PLANO EDUCACIONAL INDIVIDUALIZADO (PEI)
Antonio Áthyllas Lopes de Oliveira
Psicopedagogo
athyllas.lopes@hotmail.com
Nome
do aluno: Antonio Áthyllas Lopes de
Oliveira.
Idade:
06
anos. Série:1ª série do Ensino
Fundamental. Turno: Tarde.
Data
do planejamento: 05/02/2022.
Período de sua vivência: 10/02/2022
a 10/04/2022 (Um prazo longo demais dificulta o acompanhamento em detalhe dos
interesses, capacidades, dificuldades e necessidades de Áthyllas,
comprometendo, assim, um atendimento qualitativo às suas necessidades).
Responsáveis
pela elaboração: Setor Psicopedagógico da Escola, na pessoa
do psicopedagogo Lopes Aprendizagem, Coordenação Pedagógica da escola, professores
titular e auxiliar da 1ª série do Ensino Fundamental, psicólogo Dr. Antonio
Morais, professora de reforço escolar Mariana Oliveira, pais do aprendente, e o
próprio. A produção deste plano é coordenada pelo psicopedagogo Lopes
Aprendizagem.
Contextualização
do Plano Educacional Individualizado (O perfil do aprendente, breve histórico
de seu processo de aprendizagem e a situação-demanda)
Antonio
Áthyllas é perspicaz, realiza muito rápido as atividades em sala de aula.
Revelou intensa aprendizagem desde cedo, com aquisição da fala em período não
esperado pela família. Desde os 03 anos, prefere livros e o uso da internet
para pesquisar países em mapas, suas bandeiras, informações e curiosidades
relativas; a língua russa compartilha de alto nível de interesse pelo
aprendente, chegando a utilizar já 07 cadernos específicos para desenhar letras
do alfabeto cirílico e escrever frases. Na educação infantil, gostava de levar
novidades às professoras, falando assuntos incomuns para a idade, como sobre
países (localização, características, língua, moeda, fatos históricos,
curiosidades).
Mostra-se
proativo, intenso e independente na busca de aprender e fazer coisas de seu
interesse, mas com dificuldades de organização.
No
âmbito comportamental-emocional, Áthyllas é uma criança muito afetuosa, mas com
dificuldade de brincar com outras crianças de sua idade, na escola e fora dela.
Tem tido significativas dificuldades em sua socialização, não interagindo muito
com colegas de sala, até mesmo na hora do recreio, preferindo ir para a
biblioteca da escola. Revela-se bastante sensível, preferindo ficar em muito
só. Ultimamente, tem-se mostrado especialmente frustrado e desmotivado, não
querendo realizar atividades em sala de aula e tarefas escolares no livro
didático e no caderno. Vem dizendo que não quer ir mais para a escola.
Capacidades,
interesses (O que sabe? Do que gosta?)
Coisas que ele gosta de
fazer, participar, falar
O que ele já sabe/Em que ele
se destaca
Aqui, citar coisas de
escola e fora da escola
- Evidenciar o que o
aprendente já sabe do que é previsto para ele aprender no ano escolar em que
está (o que já sabe em Matemática, Ciências...)
- Na sala de aula,
termina logo as atividades propostas pelo professor? Se sim, fica ocioso, com
repercussão negativa (desmotivação, raiva...)?
O
aprendente já está alfabetizado, com leitura fluente e consciência da escrita
ortográfica. Tem enorme aptidão por pesquisar países em mapas, características
suas, como bandeira, língua e moeda. Outro enorme interesse seu é a língua
russa, ao que dedica horas assistindo a vídeos e pesquisando sobre, escrevendo
espontaneamente palavras e frases.
-
Deve-se indicar se o aprendente prefere a companhia de pessoas mais velhas ou
mais novas; se gosta de momentos em família (...), com que parentes se dá
melhor, a faixa etária desses parentes e por que se dão bem, especificando-os.
Assim, poderemos compreender melhor o que faz bem ao aprendente, permitindo-nos
uma propositura mais assertiva de estratégias, ações em seu atendimento
educacional.
Necessidades
(O que aprender e ensinar?)
Dificuldades
que têm encontrado nele (na escola e fora da escola)
-
A partir do que o aprendente já sabe do que é previsto para ele aprender no ano
escolar em que está (o que já sabe em Matemática, Ciências...), que caminho
adotar?
--
Compactar conteúdo? Se sim, qual(quais)?
--
Aprofundar/aumentar o nível de dificuldade? Se sim, em que área do
conhecimento, em que saberes?
--
Avançar para outro(s) saber(es)? Se sim, para qual(is)?
---
Contar com a BNCC como referencial
--
Precisa de atividades de cunho complementar? Se sim, qual(is)?
--
Precisa de atividades de cunho suplementar? Se sim, qual(is)?
Importante!
As dificuldades, necessidades não se referem aqui apenas a conteúdos escolares
tradicionais! Esse olhar para além da dimensão dos conteúdos escolares
tradicionais será muito contributivo!
O
aprendente tem mostrado dificuldades significativas em sua regulação emocional,
com traços de hipersensibilidade. Mostra-se desinteressado pela escrita. Mesmo
tendo consciência ortográfica, erra com frequência a escrita de palavras.
Mostra-se desorganizado, tanto com materiais de uso pessoal quanto escolares.
Não tem copiado a agenda da sala de aula, deixando de realizar tarefas e
trabalhos, prejudicando-se em notas. Precisa de auxílio para o desenvolvimento
de sua socialização. Precisa encontrar na escola um ambiente de acolhimento,
desenvolvimento, nos âmbitos pessoal e acadêmico.
A
Base Nacional Comum Curricular (BNCC), importante referencial para organização
da educação nacional, indica, paras as séries iniciais, onde se encontra a 1ª
série do Ensino Fundamental, competências em diferentes áreas do conhecimento,
com vistas à vivência enriquecedora e significativa da aprendizagem (vide, em
especial, a pág. 94 da BNCC). Com esse referencial, temos clareza, damos
organização e linearidade ao processo educativo. Sem ele, o processo de
aprendizagem poderia em muito ficar “solto”, perdendo potencial de qualidade,
e, em dados casos, até mesmo ser danificado.
Analisando
a BNCC e sabendo-se o que o aprendente já demonstra ter dominado, eis as
necessidades mais imediatas:
-
Uso da variedade-padrão;
-
Produção textual, com reconhecimento do público-alvo;
-
Diversificação de meios de realização de atividades, não se restringindo ao
caderno nem ao livro didático;
-
Favorecimento da socialização.
-
Valorização da prática de pesquisa, ao que se associa o senso e a prática de organização,
necessidade do aprendente.
Importante!!!
Não adianta trazer aqui todas as competências,
objetivos de aprendizagem que são esperados para a criança ao longo de todo o
Ensino Fundamental! Só tumultuaria, tornaria difuso, muito pesado, cansativo,
danoso e inalcançável o percurso de atendimento à criança superdotada.
Vamos por etapa! Lembremo-nos de que o PEI deve ser
(re)feito continuamente, ao longo do processo de aprendizagem. Assim, poderemos
ir acompanhando aptidões, capacidades, dificuldades, necessidades ao longo do
tempo. Essa criança pode vir a mudar de aptidões, novas capacidades podem ser
verificadas, necessidades podem surgir... Conhecendo melhor, poderemos ajudar
melhor essa criança.
***
Para essa parte, convém trazer Fleith (2007, p. 78):
“Com relação àsatividades de enriquecimento, por
exemplo, devemosevitar a sobreposição de conteúdos que serão ensinados em
séries posteriores, caso contrário, estaremosapenas adiando o problema do
desinteresse e da faltade motivação destes alunos. Não podemos,
também,sobrecarregar a criança apenas com um grande volume
de tarefas, pois assim ela estaria sendo penalizada
porsuas altas habilidades”
- Quem vai nos ajudar a lembrar disso, a ficar
devidamente atentos a isso? O PEI!
***
Metas,
prazos, recursos/estratégias, profissionais envolvidos
Metas Em ordem de
prioridade |
Prazos e duração de horário |
Estratégias |
Recursos utilizados |
Profissionais envolvidos |
Reconhecer
e valorizar aptidões do aprendente, relacionando com a escrita (escrever e de
forma ortográfica), ajudando-o a trabalhar a organização, com vistas ao desenvolvimento da
expressividade e à sua socialização. |
20/02/2022
a 20/03/2022, no contraturno, 03 vezes por semana, por 01 hora, na escola. A
culminância da exposição será dia 23/03/2022, no horário regular da escola,
para contar com a presença do público-alvo. |
Propor
a Áthyllas que prepare, com auxílio docente, uma exposição a outros alunos
(socialização) sobre países, ele como um guia turístico, mostrando bandeiras
de países, indicando-os em mapa, e falando sobre os mesmos (expressividade).
O aprendente deverá usar um crachá com seu nome, feito por ele. Com a
professora, produzirá um roteiro explicativo e um folder para essa visita
guiada (pesquisa, produção textual e criatividade). A exposição poderá ser na
biblioteca da escola (espaço multitemático e multipúblico), tendo como
público-alvo alunos de sua sala e do 4º ano.
|
-
Internet, folhas A4/caderno (para a etapa de pesquisa e planejamento), folhas
A4 para impressão dos folders, mapa-múndi, expositores para as imagens
relativas aos países, como bandeiras, crachá, tecidos, jarros de plantas e
outros adereços para ambientação. |
Professora
titular, psicopedagogo e responsável pela biblioteca da escola. |
Fazer
da aptidão pela língua russa ponto de partida para a escrita em português e
para a socialização |
20/02/2022
a 10/03/2022, para organização, planejamento e produção dos cartões. Dia
10/03 haver o piquenique. |
Propor
a Áthyllas que convide a turma para um piquenique cultural, preparado com
auxílio docente: cada aluno levará um item, e, junto a cada um, haverá uma
plaquinha com o nome do alimento em russo e em português. Tem-se a
valorização da aptidão do aprendente, prática de escrita e organização, e
socialização. |
-
Folhas A4 para impressão dos cartões, toalha para piquenique, guardanapos,
copos descartáveis. |
Professora
titular, psicopedagogo e família do aprendente. |
Resultados obtidos.
Avaliação do PEI (O que deu certo? Como foi a vivência? Que dificuldades foram
encontradas? Apareceram novas demandas? Que lições ficaram?).
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
20.
E as etapas para se
construir um PEI?
O
psicopedagogo Antonio Áthyllas Lopes de Oliveira tem material sobre.
21. Poderia
dar um exemplo de atividade a ser realizada com uma criança ahsd?
O
psicopedagogo Antonio Áthyllas Lopes de Oliveira tem material sobre.
***
Referências
(materiais utilizados pelo autor na produção deste informativo)
ALENCAR,
Eunice M L Soriano de. Características sócio-emocionais do superdotado:
Questões atuais. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 12, n. 2, p. 371-378,
maio/ago. 2007. Disponível em https://doi.org/10.1590/S1413-73722007000200018.
Acesso em 12 de outubro de 2021.
ANTIPOFF,
Cecília Andrade; CAMPOS, Regina Helena de Freitas. Superdotação e seus mitos.
Disponível em https://www.scielo.br/j/pee/a/cFcPTS7QRGqk9mKZsW5tWVz/?format=pdf&lang=pt.
Acesso em 12 de outubro de 2021.
BRASIL,
Ministério da Educação. Projeto Escola Viva – Garantindo o acesso e a
permanência de todos os alunos na escola – Alunos com necessidades educacionais
especiais – Identificando e atendendo as necessidades educacionais
especiais de dos alunos com altas habilidades/superdotação. Brasília,
Ministério da Educação, Secretaria da Educação Especial, 2002.
FLEITH,
Denise de Souza (org.). A construção de práticas educacionais para alunos
com altas habilidades/superdotação, Vol. 1: Orientação a professores.
Ministério da Educação, Brasil, 2007.
LIMA,
Denise Maria de Matos Pereira. A identificação e inclusão do aluno com altas
habilidades/superdotação na rede pública do estado do Paraná: orientação
para professores. Disponível em http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1075-2.pdf.
Acesso em 21 de setembro de 2022.
NEUMANN,
Patricia. A sobre-excitabilidade e a educação nas altas habilidades ou
superdotação. Revista Cocar. V.17 N.35/2022 p.1-20. Disponível em https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/article/view/5326.
Acesso em 21 de setembro de 2022.
OLIVEIRA,
Juliana Célia de; BARBOSA, Altemir José Gonçalves; ALENCAR, Eunice M. L Soriano
de. et al. Contribuições da Teoria da Desintegração Positiva para a Área de
Superdotação. Disponível em https://www.scielo.br/pdf/ptp/v33/1806-3446-ptp-33-e3332.pdf.
Acesso em 21 de julho de 2020.
OUROFINO,
Vanessa Terezinha Alves Tentes; FLEITH, Denise Souza. A condição
underachievement em superdotação: definição e características. Psicologia:
Teoria e Prática, 2011, 13(3), 206-222. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ptp/v13n3/v13n3a16.pdf.
Acesso em 07 de outubro de 2021.
SANTA
CATARINA, Fundação Catarinense de Educação Especial. Altas
habilidades/superdotação: rompendo as barreiras do anonimato. 2. ed.
Florianópolis: DIOESC, 2016.
VIRGOLIM,
Angela. Altas habilidades/superdotação: Encorajando potenciais.
Brasília: Ministério da Educação/Secretaria da Educação Especial, 2007.
Disponível em http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/altashab1.pdf.
Acesso em 21 de junho de 2020.
Muito
obrigado!
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